Agora, agora e mais agora: seis memórias do último milénio 07 – epílogo: figos e filosofia

O sétimo e último volume da colecção será um epílogo sobre Espinosa, figos e filosofia. Trata-se de uma oportunidade para inventar um nome para a parte do mundo que nos ocupa durante tantas páginas deste livro, da Ásia Central à Europa Ocidental, de Samarcanda a Lisboa. Não podemos chamar à história das

ideias que aqui é feita uma história das ideias no Ocidente, pois ela começa no Oriente. Não podemos dizer que a trajectória deste livro se passa no Levante quando ela inclui o Poente, nem que ela é do mundo

mediterrânico quando inclui uma parte da Eurásia, mas também não podemos dizer que é da Eurásia, porque está longe de abranger toda essa massa continental, e inclui outras partes do mundo que não lhe pertencem. Não podemos dizer que falamos do mundo das religiões abraâmicas ou “do Livro” quando tanto do que trataremos se passa no tempo e no território do zoroastrismo, que embora tenha influenciado as três religiões do Livro - o judaísmo, o cristianismo e o islamismo - não pode por esse conceito ser recoberto. Foi preciso então inventar um nome para esse mundo de que este livro trata tanto. Esse nome é o “figueiristão”.