Foi o segundo livro de Maria Archer proibido pela PIDE. Publicado pela primeira vez em 1947, o livro foi sendo inicialmente autorizado, mas com cortes. “Trata-se de um romance social e naturalista, cuja acção decorre em Pedrouços (Maia) e Lisboa, entre os anos de 1900 e 1946, que tem como figuração os membros de duas famílias burguesas, ligadas por um casamento. O romance foi proibido por estes Serviços em 11 de Fevereiro de 1946 com taxa imoral”, lê-se no primeiro relatório.
Como a função destes Serviços
não é de índole literária não cabe
aqui a apreciação do valor literário
desta obra que me parece nulo.
Todavia há que assinalar as suas intenções
e expressões que considero
muito más”, escreve, num relatório
datado de 6 de Junho de 1966,
Joaquim Palhares. “Apresentam-
-se no decurso da obra expressões
eróticas imorais, algumas expressas
em termos escatológicos e
insinuaçõ es de ordem política
com tendência dissolvente, o que
é suficiente para se propor a sua
proibiçã o de circulaçã o no país”,
acrescenta o leitor da PIDE. Com
este parecer O Vinho e a Lira, obra
composta por 43 poemas e editada
por Fernando Ribeiro Mello, via
a sua circulação proibida. Esta foi a
quarta obra de Natália Correia a ser
censurada. Porém, ao contrário de
outras não viria a ser republicada
mesmo após o 25 de Abril de 1974.Foi o segundo livro de Maria Archer proibido pela PIDE. Publicado pela primeira vez em 1947, o livro foi sendo inicialmente autorizado, mas com cortes. “Trata-se de um romance social e naturalista, cuja acção decorre em Pedrouços (Maia) e Lisboa, entre os anos de 1900 e 1946, que tem como figuração os membros de duas famílias burguesas, ligadas por um casamento. O romance foi proibido por estes Serviços em 11 de Fevereiro de 1946 com taxa imoral”, lê-se no primeiro relatório.