Natural de Santiago do Cacém, que imortalizaria na sua obra Cerromaior, Manuel da Fonseca foi um dos escritores cimeiros do neo-realismo português. Na leitura do romance, o censor concordou com a descrição da desigualdade social portuguesa, mas no seu parecer colocou reservas: “Não o julgo com possibilidades de ser autorizado.
Sem defender ou atacar qualquer tese ou preceito social, apresenta ao leitor factos concretos que revelam profundas deficiências da estrutura social, entre nós. A vida dura e miserável do trabalhador rural alentejano, a carência ao mesmo de assistência social, a indiferença do abastado pelo humilde que trabalha em seu proveito”.
Uma colecção comissariada por Álvaro Seiça.
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