O quarto e último volume da colecção centra-se no pós-inscrição do Cante na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da UNESCO. Este culminar de um processo que durou 15 anos veio a bom tempo, numa época em que todos procuravam novos rumos numa prática em crise. O cante atravessava um momento de transformação: vislumbrava “um novo ecossistema musical está em configuração na região e na diáspora alentejana”, explicam os autores. Se “ modelo performativo do cante, configurado nas décadas de 1940 do século passado, continua a predominar a representação do património sonoro do Alentejo”, ao mesmo tempo, abordagens recentes cruzam “o cante com a viola campaniça e com diversos estilos e géneros de música popular, apontam para uma nova fase de pós-património que liga as músicas do Alentejo aos mercados da música popular

e das músicas do mundo.” Ficamos a ouvir.

O quarto CD que acompanha o livro começa dos anos 1990, nos quais Vitorino dá voz. Também Janita Salomé e António Zambujo têm músicas no CD que fecha com grupos corais como Moços d’uma Cana, Cantores do Desassossego ou Rancho de Cantadores de Paris.